quinta-feira, 13 de março de 2014

Resenha - O pesadelo (Lars Kepler)

Título: O pesadelo
Autor: Lars Kepler
Editora: Intrínseca

Sinopse da Editora:

Após conquistar os leitores em O Hipnotista, o detetive Joona Linna está de volta em O Pesadelo. Best-seller internacional, o thriller policial de Lars Kepler foi aclamado por público e crítica em dezenas de países. Agora, o detetive mais carismático, intuitivo e obstinado da Suécia se vê diante de um novo quebra-cabeça.

Tudo começa quando a polícia descobre o corpo de uma jovem dentro de uma lancha à deriva no arquipélago de Estocolmo. Seus pulmões estão cheios d’água e os médicos legistas afirmam que ela morreu afogada. No entanto, o barco está em perfeito estado e o corpo e as roupas da mulher estão secos. No dia seguinte, um alto funcionário do governo sueco aparece enforcado em seu apartamento. Seu corpo pende no ar, amarrado a um lustre, enquanto uma enigmática música de violino ressoa por todo o ambiente. Tudo indica que foi suicídio, mas o salão tem pé-direito alto e não há nenhum móvel em volta no qual ele possa ter subido.

Encarregado de desvendar os dois mistérios, o detetive Joona Linna tenta estabelecer um vínculo entre acontecimentos que, à primeira vista, não têm relação. Numa sequência vertiginosa de eventos que desafiam a lógica, o mais assustador em O Pesadelo não são os crimes horripilantes, mas a psicologia obscura de seus personagens, que mostram como somos todos cegos à nossas próprias motivações.

Resenha:

O gênero policial é um dos que eu mais amo ler e quando li do que se tratava a história desse livro logo me interessei e tive certeza que iria gostar. E não me decepcionei!
O Pesadelo é o livro que Lars Kepler escreveu depois de O Hipnotista e os personagens se repetem. O detetive Joona Linna está de volta assim como seus colegas do Departamento de Polícia. Não é uma série, são histórias independentes, mas caso a pessoa se interesse pela leitura eu aconselho seguir a ordem para ir se familiarizando com os personagens que se repetem.

Essa história começa quando é encontrado o corpo de uma jovem mulher em um barco a deriva. Os legistas afirmam que ela morreu afogada, mas ela foi encontrada deitada na cama, dentro de uma das cabines do barco. Seus pulmões estão cheios de água mas suas roupas e seu corpo estão secos, sem vestígios da água do mar.
Horas depois a polícia encontra o corpo de um alto funcionário do governo sueco. Ele está enforcado no meio de sua sala cujo teto é muito alto e próximo ao corpo não tem nenhum móvel onde ele possa ter subido para cometer o suicídio.
O detetive Joona Linna é contatado e com sua intuição e obstinação acima da média encontra evidências que levam a polícia a correr atrás de um grande assassino, que certamente pode estar atrás de outras pessoas, ainda mais quando Joona Linna conclui que a mulher encontrada morta na verdade estava no lugar errado e na hora errada, o assassino na verdade estava atrás de sua irmã que está desaparecida, assim como seu namorado, em uma das ilhas próximas de onde foi encontrado o barco.
Joona fica responsável por ambos os casos sem nem imaginar que a partir daí sua vida vai virar uma montanha russa e ele precisa correr contra o tempo para solucionar e prender a pessoa por trás dessas mortes.

Nessa história, Joona tem a ajuda de Saga Bauer, agente da SÄPO. Saga, como todos dizem, parece um Elfo, tem uma beleza extraordinária e devido a isso, e ao fato de ser uma mulher, tem grandes problemas em conseguir ficar a frente de alguma investigação. Seus superiores, mesmo conhecendo sua competência a protegem mais do que ela gostaria e do que se acha capaz.
A princípio, e essa é uma parte óbvia da história, os dois não se entendem. Joona não quer ajuda de ninguém, muito menos da SÄPO e Saga Bauer se irrita constantemente com a auto-suficiência demonstrada por Joona e pelo seu jeito mandão. Mas logo um reconhece a competência do outro e conseguem fazer um excelente trabalho juntos.

Joona Linna vale dizer, é um personagem extremamente carismático e mais uma vez faz com que me apaixone por ele. Nessa história os autores falam um pouco mais sobre sua vida e dessa vez ele realmente é o personagem principal.

A leitura é tão envolvente e os capítulos tão curtinhos que não dá vontade de parar de ler e fui lendo só mais um capítulo e outro mais e quando me dei conta já estava terminando o livro e antes mesmo de acabar já estava sentindo saudades.

A maneira dos autores conduzirem a história é tão contagiante e empolgante que não dá para parar de ler, e de acordo com o avanço da história mais curiosos ficamos com o seu desfecho. Eles descrevem as cenas e colocam pistas que nos fazem pensar e seguir junto com os detetives na solução do caso. A história é muito bem desenvolvida e costurada no final sem deixar dúvidas.

Um fato interessante do livro é que no final os autores escrevem pequenos capítulos nos contando como ficou cada um dos personagens marcantes da história, até mesmo nisso tudo ficou bem amarrado. Somente um fato ficou em suspenso e por isso acredito que vamos ter outra(s) história(s) com esse detetive. No final, no capítulo dedicado a ele, uma senhora o segue e lhe entrega cartas de Tarô e lhe fala uma frase enigmática. Várias coisas me passaram pela cabeça, mas não tenho certeza do que possa significar, a única certeza que eu tenho é que não vejo a hora de ser lançado no Brasil uma nova história de Joona Linna.

OBS: Em Portugal já foi traduzido um novo livro dos autores e acredito que em breve vá chegar ao Brasil. Eu já estou morrendo de vontade de ler com o português de Portugal mesmo porque a curiosidade e a saudade de Joona é muito grande!

Quotes:

“O medo não é constante. De vez em quando há espaço para o pensamento racional. É como eliminar um barulho irritante para descobrir um lugar silencioso em sua cabeça, o que lhe dá uma noção clara de sua situação. Então o barulho recomeça e seus pensamento correm em círculos até que o único ímpeto é correr." (Pág. 61)

“Ver o corpo morto de um ente querido é impiedoso – o maior medo de todos. Os especialistas dizem ser um passo necessário no processo do luto. Joona lera que assim que uma identificação é feita há certo tipo de libertação. Não é mais possível sustentar fantasias de que a pessoa ainda vive. Esses tipos de fantasias e esperanças levam apenas a frustração e vazio." (Pág. 65)

Sobre os autores:

Lars Kepler é o pseudônimo de Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril, um casal sueco que escreve em conjunto. O seu estilo de livros é o romance policial.

Livros publicados no Brasil:

O pesadelo

2 comentários:

  1. nossa esse casal parecessem ser vampiros que pele que olhos realmente um belo casal ,
    livro-azul.blogspot.com.br
    ja estou seguindo :)

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