Resenha - Os pilares da terra
Livro: Os Pilares da Terra
Autor: Ken Follett
Editora Rocco
Sinopse da editora:
“Inglaterra,
meados do século XII. Em uma terra abalada por sangrentas batalhas pela
sucessão ao trono de Henrique I, um homem luta contra tudo e todos para levar a
cabo a minuciosa construção de uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Ao
redor da igreja e de seus personagens, forma-se um mosaico de um tempo
conturbado, varrido por conspirações, intrincados jogos de poder, violência e o
surgimento de uma nova ordem social e cultural. Aclamada como a obra-prima de
Ken Follett, “Os pilares da terra” é
sucesso entre público e crítica por mais de duas décadas, com mais de 18
milhões de exemplares vendidos no mundo todo.”
Fazendo uma
lista de livros que gostaria de ler não poderia faltar Ken Follett, já que li
vários de seus livros publicados no Brasil e gostei da grande maioria. Na
verdade, me lembro de não ter gostado apenas de um de seus livros.
Procurando
em livrarias virtuais encontrei uma edição especial em comemoração aos 20 anos
de publicação de “Os pilares da terra”, fiquei surpresa por ainda não ter lido
e nem sei dizer o por quê disso já que foi lançado há tanto tempo. Mas no fim
valeu a espera porque “Os pilares da terra” foi originalmente publicado em dois
volumes e nessa edição especial eles juntaram e fizeram uma edição de luxo
(capa dura, encadernação de colecionador, com fita de cetim como marca páginas...
linda!).
A história
começa de uma forma que já nos prende a leitura. Um enforcamento, em praça
pública; crianças, mulheres, homens, jovens e idosos, todos muito interessados indo
assistir como se fosse um grande evento.
Ken Follett
nos leva em uma viagem pelo passado, uma época feudal em uma Inglaterra banhada
por conflitos e luta pelo poder do clero e dos cavaleiros medievais. Com
sangrentas lutas pela sucessão ao trono de Henrique I. Ele usa como base de sua
história, a construção de uma catedral gótica e a união do real com a ficção
muito bem mesclada pelo autor é um atrativo a parte.
Na primeira
parte do livro conhecemos Tom Construtor e sua família. O homem que tem como sonho
construir a maior e mais bonita catedral e que sai em busca desse sonho. Nessa
“viagem” vamos conhecendo diversos personagens cujas histórias vão se ligando e
se encaixando com perfeição. O xerife, um cavaleiro, um monge, um sacerdote, o
prisioneiro e uma jovem mulher que surge do nada são os personagens que
aparecem logo de início e ao longo da narrativa suas histórias vão sendo
mostradas e interligadas.
A segunda
parte da história tem como foco central o amor de dois jovens. Uma linda
princesa, banida de suas terras por um cavaleiro vingativo, e um jovem herdeiro
dos conhecimentos de Tom Construtor que herda também seu sonho de construir uma
grande catedral. Um amor que parece que vai naufragar diante de toda
dificuldade que é imposta pela igreja e pelo poder da época.
Cada
situação cativa o leitor por ser bem descrita e envolvente. Os vilões
ardilosos, frios e tiranos fazem com que seja impossível não odiá-los. Em
contrapartida temos o prior Phillip com seu senso de justiça e seu sonho de ter
em seu priorado a maior catedral de toda Inglaterra. É verdade que em alguns
momentos podemos sentir raiva do prior Phillip devido aos seus conceitos do que
é certo e errado, mas se levarmos em conta a época somos obrigados a reconhecer
seus motivos.
A narrativa
em terceira pessoa faz com que a leitura seja fluída e possamos assim
acompanhar a história de todos os personagens e seus pontos de vista.
Recomendo a
leitura. A história é repleta de mistérios, ação, aventura e romance fazendo
com que agrade a todo tipo de leitor.
Em 2008,
Ken Follet lançou “Mundo sem fim”. Essa obra é protagonizada por descendentes
de “Os pilares da terra”, e a história se passa no mesmo lugar depois de mais
de 100 anos.
Quote:
“_
Almadiçoo vocês com a doença e o infortúnio, com a fome e a dor; sua casa será
consumida pelo fogo, e seus filhos morrerão na forca; seus inimigos
prosperarão, e vocês envelhecerão na tristeza e no remorso, e morrerão na
podridão e na agonia... _ À medida que pronunciava as últimas palavras, a
garota enfiou a mão num saco que estava no chão ao seu lado e puxou um galo
vivo. Apareceu uma faca na sua mão, surgida do nada, e com um único golpe ela
cortou a cabeça da ave.”
(Prólogo –
pág. 13)
Sobre o Autor:
Kenneth
Martin Follett (05 de junho de 1949), é um escritor britânico nascido no País
de Gales. É formado em Filosofia e começou sua carreira como jornalista. Passou
a escrever pequenos contos e encorajado por amigos que gostavam muitos de seus
contos, passou a escrever romances.
Seu
primeiro best seller foi “O buraco da agulha”. Entusiasmado pela boa
receptividade escreveu nos anos seguintes uma sequência de sucessos como “O
triângulo”, “A chave de Rebeca”, “Na toca do leão”, “O homem de São
Petesburgo”, “Uma fortuna perigosa”, “O voo da águia” e o “Terceiro gêmeo”,
rapidamente criando um público fiel e entusiasmado. O tema primordial de seus
livros é a ação de espionagem e de guerra, com ritmo rápido e abundância de
situações-clímax, que tende a prender até mesmo os leitores mais casuais.
Por Bel Sanz
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