segunda-feira, 22 de julho de 2013

Resenha - Os pilares da terra


                                   


Livro: Os Pilares da Terra

Autor: Ken Follett                                     
                          Editora Rocco 


Sinopse da editora:

“Inglaterra, meados do século XII. Em uma terra abalada por sangrentas batalhas pela sucessão ao trono de Henrique I, um homem luta contra tudo e todos para levar a cabo a minuciosa construção de uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Ao redor da igreja e de seus personagens, forma-se um mosaico de um tempo conturbado, varrido por conspirações, intrincados jogos de poder, violência e o surgimento de uma nova ordem social e cultural. Aclamada como a obra-prima de Ken Follett, “Os pilares da terra” é sucesso entre público e crítica por mais de duas décadas, com mais de 18 milhões de exemplares vendidos no mundo todo.”

Fazendo uma lista de livros que gostaria de ler não poderia faltar Ken Follett, já que li vários de seus livros publicados no Brasil e gostei da grande maioria. Na verdade, me lembro de não ter gostado apenas de um de seus livros.
Procurando em livrarias virtuais encontrei uma edição especial em comemoração aos 20 anos de publicação de “Os pilares da terra”, fiquei surpresa por ainda não ter lido e nem sei dizer o por quê disso já que foi lançado há tanto tempo. Mas no fim valeu a espera porque “Os pilares da terra” foi originalmente publicado em dois volumes e nessa edição especial eles juntaram e fizeram uma edição de luxo (capa dura, encadernação de colecionador, com fita de cetim como marca páginas... linda!).

A história começa de uma forma que já nos prende a leitura. Um enforcamento, em praça pública; crianças, mulheres, homens, jovens e idosos, todos muito interessados indo assistir como se fosse um grande evento.
Ken Follett nos leva em uma viagem pelo passado, uma época feudal em uma Inglaterra banhada por conflitos e luta pelo poder do clero e dos cavaleiros medievais. Com sangrentas lutas pela sucessão ao trono de Henrique I. Ele usa como base de sua história, a construção de uma catedral gótica e a união do real com a ficção muito bem mesclada pelo autor é um atrativo a parte.

Na primeira parte do livro conhecemos Tom Construtor e sua família. O homem que tem como sonho construir a maior e mais bonita catedral e que sai em busca desse sonho. Nessa “viagem” vamos conhecendo diversos personagens cujas histórias vão se ligando e se encaixando com perfeição. O xerife, um cavaleiro, um monge, um sacerdote, o prisioneiro e uma jovem mulher que surge do nada são os personagens que aparecem logo de início e ao longo da narrativa suas histórias vão sendo mostradas e interligadas.

A segunda parte da história tem como foco central o amor de dois jovens. Uma linda princesa, banida de suas terras por um cavaleiro vingativo, e um jovem herdeiro dos conhecimentos de Tom Construtor que herda também seu sonho de construir uma grande catedral. Um amor que parece que vai naufragar diante de toda dificuldade que é imposta pela igreja e pelo poder da época.

Cada situação cativa o leitor por ser bem descrita e envolvente. Os vilões ardilosos, frios e tiranos fazem com que seja impossível não odiá-los. Em contrapartida temos o prior Phillip com seu senso de justiça e seu sonho de ter em seu priorado a maior catedral de toda Inglaterra. É verdade que em alguns momentos podemos sentir raiva do prior Phillip devido aos seus conceitos do que é certo e errado, mas se levarmos em conta a época somos obrigados a reconhecer seus motivos.

A narrativa em terceira pessoa faz com que a leitura seja fluída e possamos assim acompanhar a história de todos os personagens e seus pontos de vista.
Recomendo a leitura. A história é repleta de mistérios, ação, aventura e romance fazendo com que agrade a todo tipo de leitor.

Em 2008, Ken Follet lançou “Mundo sem fim”. Essa obra é protagonizada por descendentes de “Os pilares da terra”, e a história se passa no mesmo lugar depois de mais de 100 anos.

Quote:

“_ Almadiçoo vocês com a doença e o infortúnio, com a fome e a dor; sua casa será consumida pelo fogo, e seus filhos morrerão na forca; seus inimigos prosperarão, e vocês envelhecerão na tristeza e no remorso, e morrerão na podridão e na agonia... _ À medida que pronunciava as últimas palavras, a garota enfiou a mão num saco que estava no chão ao seu lado e puxou um galo vivo. Apareceu uma faca na sua mão, surgida do nada, e com um único golpe ela cortou a cabeça da ave.”
(Prólogo – pág. 13)


Sobre o Autor:





Kenneth Martin Follett (05 de junho de 1949), é um escritor britânico nascido no País de Gales. É formado em Filosofia e começou sua carreira como jornalista. Passou a escrever pequenos contos e encorajado por amigos que gostavam muitos de seus contos, passou a escrever romances.


Seu primeiro best seller foi “O buraco da agulha”. Entusiasmado pela boa receptividade escreveu nos anos seguintes uma sequência de sucessos como “O triângulo”, “A chave de Rebeca”, “Na toca do leão”, “O homem de São Petesburgo”, “Uma fortuna perigosa”, “O voo da águia” e o “Terceiro gêmeo”, rapidamente criando um público fiel e entusiasmado. O tema primordial de seus livros é a ação de espionagem e de guerra, com ritmo rápido e abundância de situações-clímax, que tende a prender até mesmo os leitores mais casuais.

Por Bel Sanz

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